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Veo by Google: A inteligência de vídeo que promete gerar os próximos fenômenos à la Marisa Maiô

1. Quem é Marisa Maiô e por que virou fenômeno viral

Nos últimos meses, a internet brasileira foi tomada por uma figura tão carismática quanto intrigante. Seu nome é Marisa Maiô, e embora pareça uma apresentadora real, ela não existe fora do ambiente digital. Marisa é uma criação completa da inteligência artificial da Google, por meio da tecnologia Veo, uma das ferramentas mais avançadas já desenvolvidas para geração de vídeos com IA.

O sucesso foi instantâneo. Em poucas semanas, vídeos e episódios curtos protagonizados por Marisa somaram mais de 30 milhões de visualizações, segundo reportagens publicadas pela Exame. Mais impressionante que os números é o nível de engajamento que a personagem conquistou. Os vídeos geraram milhares de comentários, remixagens e compartilhamentos em diferentes redes sociais, do TikTok ao YouTube Shorts, passando por Instagram e Kwai.

Mas o que explica esse sucesso tão rápido? O segredo está na combinação perfeita entre tecnologia e storytelling. Marisa Maiô não é apenas um avatar digital. Ela fala, gesticula, expressa emoções e transmite carisma de um modo tão natural que desafia o limite entre o humano e o sintético. A personagem é capaz de unir roteiro, voz, expressões faciais e movimentos corporais com fluidez e coerência. Até pouco tempo atrás, essa qualidade de produção só seria possível em estúdios de cinema com grandes orçamentos e equipes especializadas.

Marisa representa uma nova era em que a criação audiovisual se torna acessível, automatizada e hiperpersonalizada. O que antes exigia semanas de gravação, edição e pós-produção agora pode ser feito em poucas horas.

2. Veo da Google: a tecnologia por trás do sucesso

Para entender o impacto de Marisa Maiô, é essencial compreender o que é o Veo, tecnologia que torna essa criação possível. Desenvolvida pela Google DeepMind, a ferramenta interpreta textos complexos e os transforma em vídeos realistas, completos com narrativa, movimentação, iluminação e trilha sonora coerentes.

O Veo trabalha com três pilares fundamentais:

  • Modelagem multimodal, que combina texto, áudio e imagem para compreender e gerar conteúdo de forma integrada.

  • Aprendizado contextual, capaz de manter coerência narrativa e visual entre diferentes cenas, algo essencial para produções de maior duração.

  • Simulação física, que respeita as leis do movimento, da luz e da gravidade, garantindo naturalidade e realismo.

Essas capacidades fazem com que o Veo não apenas gere imagens, mas conte histórias completas com ritmo e emoção. É o primeiro sistema de IA com potencial para substituir uma parte significativa das etapas de produção audiovisual tradicional.

3. Por que Marisa Maiô é mais que um meme: marketing digital e branding

Muitos inicialmente viram Marisa como uma curiosidade ou um experimento divertido. No entanto, por trás do entretenimento, existe uma verdadeira revolução no marketing digital e na criação de marcas. A personagem é uma prova concreta de que a inteligência artificial pode criar narrativas completas, com identidade visual, voz e personalidade.

3.1 Redução de custos e velocidade de produção

Produzir vídeos com atores e estúdios é caro e demorado. Com o Veo, um roteiro pode se transformar em vídeo realista em poucas horas. Isso permite que empresas e criadores independentes produzam conteúdo de alta qualidade com baixo investimento.

Um bom exemplo vem da Unicast Digital, que já explora automação de conteúdo com IA em suas estratégias de marketing. A integração de ferramentas como o Veo reduz custos e amplia a escala de produção.

3.2 Engajamento e viralização

O sucesso de Marisa mostra que o público não busca apenas rostos conhecidos, mas personagens com carisma e coerência. A audiência se conecta emocionalmente com histórias bem contadas, mesmo que criadas por IA. Esse vínculo gera compartilhamentos, comentários e, sobretudo, uma comunidade de fãs que impulsiona o conteúdo de forma orgânica.

3.3 Personalização em escala

Outra vantagem é a capacidade de personalizar conteúdo de maneira quase instantânea. A mesma personagem pode se adaptar a diferentes públicos e idiomas, com tom e expressões ajustados automaticamente. Uma versão da Marisa pode falar com o público brasileiro sobre marketing digital, enquanto outra aborda tecnologia para o público europeu tudo com a mesma identidade visual.

Essa flexibilidade inaugura o conceito de “personagens como ativos de marca”, em que a IA se torna uma extensão da comunicação institucional, garantindo consistência e presença em várias plataformas ao mesmo tempo.

4. Estrutura narrativa e produção dos episódios

Cada episódio protagonizado por Marisa segue uma estrutura cuidadosamente planejada. A Google Veo utiliza um sistema de roteiro adaptativo, no qual o texto inicial é interpretado pela IA e convertido em falas, pausas, gestos e expressões.

A animação facial é outro ponto de destaque. A IA simula microexpressões humanas, tornando o rosto da personagem incrivelmente expressivo. Os movimentos corporais também são realistas, o que elimina o aspecto robótico que ainda marca muitas produções digitais.

Um exemplo claro está em um dos vídeos mais populares da personagem, no qual Marisa explica como pequenas empresas podem usar IA para crescer. O conteúdo viralizou no TikTok, alcançando mais de 2 milhões de visualizações em menos de 24 horas. Esse tipo de impacto mostra como a união de roteiro inteligente e execução tecnológica pode transformar uma simples ideia em um fenômeno digital.

5. Impacto na economia digital e no mercado de trabalho

A ascensão de Marisa Maiô não é apenas um fenômeno de mídia. Ela representa um novo capítulo na economia digital, que afeta diretamente profissionais de audiovisual, marketing e comunicação.

O Veo e outras IAs generativas estão mudando a forma como as equipes produzem, editam e distribuem conteúdo. Em vez de substituir profissionais, essas tecnologias ampliam o alcance da criatividade humana, permitindo que roteiristas, designers e estrategistas se concentrem em conceitos e narrativas, enquanto a IA executa as partes técnicas.

No entanto, essa mudança também exige capacitação digital. Profissionais precisarão entender como criar prompts eficazes, interpretar respostas de IA e integrar ferramentas como o Veo aos fluxos de produção.

Outro ponto essencial é a ética digital. A criação de personagens como Marisa levanta debates sobre identidade, transparência e autoria. É fundamental deixar claro para o público que o personagem é virtual, evitando confusões ou disseminação de desinformação.

Empresas como a Unicast Digital já estão explorando o potencial dessa tecnologia para criar campanhas de marketing baseadas em IA, aliando criatividade humana à eficiência das máquinas.

6. A viralização: por que a internet ama Marisa Maiô

Viralizar não é apenas uma questão de sorte. Há elementos técnicos e emocionais que explicam o sucesso de Marisa.

  1. A novidade: um personagem completamente criado por IA chama atenção e desperta curiosidade.

  2. A identidade marcante: o design visual, o tom de voz e o estilo coerente criam conexão emocional.

  3. A relevância dos temas: Marisa fala sobre inovação, criatividade e tecnologia — assuntos em alta nas redes.

  4. O formato curto: os vídeos são otimizados para plataformas de consumo rápido como Reels e Shorts.

O resultado é uma combinação perfeita entre tecnologia e narrativa. Nas primeiras semanas, Marisa foi tema de matérias em veículos como Exame, UOL Tecnologia e Canaltech, além de alcançar um público global com legendas automáticas em vários idiomas.

Essa viralização também demonstra o poder da IA em criar cultura digital, um espaço antes dominado exclusivamente por humanos.

7. Lições para criadores de conteúdo e marcas

O caso de Marisa oferece uma série de aprendizados valiosos para quem trabalha com conteúdo e marketing.

  • Experimentar é fundamental. Ferramentas de IA como o Veo estão evoluindo rapidamente, e quem adotar cedo terá vantagem competitiva.

  • Personagens digitais são ativos estratégicos. Assim como mascotes ou porta-vozes humanos, avatares virtuais podem carregar valores e mensagens de marca.

  • A distribuição multicanal é essencial. O sucesso de Marisa se deve à presença simultânea em várias plataformas, com conteúdos adaptados ao formato de cada rede.

  • A interatividade aumenta o engajamento. A IA pode responder comentários, adaptar falas e criar conteúdos sob demanda, mantendo o público envolvido.

8. O futuro do conteúdo com IA generativa

A experiência de Marisa Maiô sinaliza o início de uma transformação profunda. O futuro do conteúdo será marcado por criação automatizada, personalização e colaboração entre humanos e máquinas.

Entre as tendências mais claras estão:

  1. Criação automatizada de vídeos: a IA assume tarefas repetitivas, liberando tempo para a criação estratégica.

  2. Narrativas personalizadas: campanhas adaptadas a diferentes públicos e regiões de forma quase instantânea.

  3. Democratização da produção audiovisual: criadores independentes podem competir com grandes marcas.

  4. Integração com marketing digital: as IAs permitirão campanhas hiperpersonalizadas em escala global.

Tudo indica que o Veo será uma das principais ferramentas de storytelling dos próximos anos, redefinindo o papel dos criadores de conteúdo.

9. Desafios e considerações éticas

Apesar do entusiasmo, o avanço da IA traz desafios importantes. O principal deles é o uso indevido da tecnologia, como deepfakes e desinformação. Conteúdos extremamente realistas podem ser manipulados para fins questionáveis, o que exige políticas de segurança e transparência.

Há também questões de propriedade intelectual, já que as vozes, imagens e roteiros gerados por IA podem não ter autores humanos diretos. As empresas de tecnologia estão criando mecanismos de identificação e rastreamento para garantir que o público saiba quando um vídeo é gerado artificialmente.

A Google, por exemplo, já adota um selo de transparência para indicar que o conteúdo foi produzido por IA, prática que deve se tornar padrão na indústria audiovisual.

Outro ponto de atenção é a aceitação do público. Mesmo com o fascínio inicial, algumas pessoas ainda se sentem desconfortáveis com personagens totalmente digitais. A solução está em equilibrar o realismo com uma comunicação honesta e empática.

10. Conclusão

Marisa Maiô não é apenas uma estrela digital. Ela é um marco no desenvolvimento da inteligência artificial aplicada ao audiovisual. Sua existência prova que a IA não é apenas uma ferramenta técnica, mas um novo meio de expressão criativa.

O Veo, da Google, abre caminho para uma era em que qualquer pessoa poderá criar vídeos de alta qualidade, sem precisar de câmeras, atores ou estúdios. Ao mesmo tempo, mostra que o sucesso depende não apenas da tecnologia, mas de boas ideias, narrativas envolventes e propósito.

Para profissionais de marketing, criadores de conteúdo e educadores, a mensagem é clara: entender e dominar a IA será essencial para permanecer relevante na economia digital.

O impacto da inteligência artificial generativa está apenas começando, e personagens como Marisa são apenas o início de um novo paradigma. Em breve, veremos campanhas interativas, narradores virtuais personalizados e experiências audiovisuais que misturam realidade e ficção de formas inéditas.

Fonte: Exame

 

 

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Escrito por
Patrícia Santos
Gestão

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